segunda-feira, julho 28, 2003
Possibilidade de Che...
(...)
É um poder que se tem.
Um terrível poder contagioso.
Por isso há tanta gente a policiar tanta gente.
Para que não aconteça o inesperado
para que ninguém resolva por exemplo
chegar a uma janela e gritar
eu sou o Che.
Porque a verdade é que pode ser.
HÁ UMA POSSIBILIDADE DE CHE EM CADA UM.
CHE, Manuel Alegre
É um poder que se tem.
Um terrível poder contagioso.
Por isso há tanta gente a policiar tanta gente.
Para que não aconteça o inesperado
para que ninguém resolva por exemplo
chegar a uma janela e gritar
eu sou o Che.
Porque a verdade é que pode ser.
HÁ UMA POSSIBILIDADE DE CHE EM CADA UM.
CHE, Manuel Alegre
sexta-feira, julho 25, 2003
Unamuno, Miguel Torga
D. Miguel...
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo...
Unamuno Terceiro
(Foi o Cid primeiro
D. Quixote o segundo).
Amante duma Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria mãe,
Ideia
E namorada),
Era o seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada.
Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escurial onde vivia
E subia, subia
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.
Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe segundo construído
Com granito de fé peninsular.
E falava com Deus em Castelhano
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico romano
Dentro dum corpo quente de heresia
Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ía de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.
Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel...
Fazia pombas brancas de papel
E guardava a mais pura na lapela.
Miguel Torga, Unamuno, in Odes Ibéricas
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo...
Unamuno Terceiro
(Foi o Cid primeiro
D. Quixote o segundo).
Amante duma Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria mãe,
Ideia
E namorada),
Era o seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada.
Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escurial onde vivia
E subia, subia
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.
Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe segundo construído
Com granito de fé peninsular.
E falava com Deus em Castelhano
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico romano
Dentro dum corpo quente de heresia
Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ía de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.
Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel...
Fazia pombas brancas de papel
E guardava a mais pura na lapela.
Miguel Torga, Unamuno, in Odes Ibéricas
segunda-feira, julho 21, 2003
O Silêncio é a morte...
O Silêncio é a morte
E tu, se te calas
Morres
E se falas
Morres
Então. diz e morre
Tahar Djaout, jornalista argelino assassinado em 1993
E tu, se te calas
Morres
E se falas
Morres
Então. diz e morre
Tahar Djaout, jornalista argelino assassinado em 1993
sexta-feira, julho 18, 2003
Mandela
85 anos de homem melhor!
quarta-feira, julho 16, 2003
Questão...
Que acontece ao buraco quando acaba o queijo?
Bertold, o dramaturgo Brecht
Bertold, o dramaturgo Brecht
segunda-feira, julho 14, 2003
Poesia...
Poesia... é mais um sabor, que saber.
D. Pedro, o ínclito regente
D. Pedro, o ínclito regente
sábado, julho 12, 2003
Semprempe
quarta-feira, julho 09, 2003
P'ra começar...
Pois é isso mesmo, para começar...